A segunda resenha que tenho é sobre Carlos “Wizard” (mudou o sobrenome em uma jogada de marketing muito agressiva). Este empreendedor nato, soube passar por diversas dificuldades, muitas relatadas no livro Sonhos não têm limites. O caminho percorrido, de percalços, sacrifícios, foram superados por uma vontade incomum de ter sucesso nos negócios. Qual? Não importa, o empreendedor estava destinado a, junto com muito esforço, sua grande família e sua fé inabalável, chegar lá.
Pois não é que atleta tem disso também? Contrariando todas as previsões, algum garoto do interior, entra em um clube sem a estrutura ideal; com uma equipe formada por nadadores amadores e atletas buscando algum espaço; seu técnico teve outros bons nadadores, inclusive alguns medalhistas estaduais, mas nada que o credenciasse a formar um atleta olímpico; tem que dividir seu tempo entre os estudos, treinos de madrugada, algum tempo no ônibus (ou a carona de algum amigo), abrir mão da diversão das noites com sua turma; nadar, enquanto todos estão pulando o Carnaval; bem, você já pegou o espírito.
O episódio que mais me impressionou no livro foram os 3 anos que Wizard se afastou dos negócios para atender a um chamado de sua igreja. Isto quase custou o trabalho de uma vida, mas, novamente, sua fé inabalável o fez acreditar que aquilo era o melhor para aquele momento. Os anos seguintes mostraram que ele (e seus filhos) estava certo, mas a história poderia facilmente ser outra e ele estaria reerguendo algum outro império.
Gostamos de assistir ou ler sobre a infância de atletas desfavorável, mas e aqueles que têm à sua disposição as melhores condições desde o início? Aprenderam a nadar da maneira correta, com boa técnica, com poucos vícios para corrigir no futuro. Tiveram uma nutrição boa, um preparador físico que respeitou a maturação e na piscina uma equipe coesa, onde o técnico dava estímulos e conduzias os treinamentos de maneira acertada. Estes não têm mérito? Afinal, apesar de tudo isso, se ele não treinar, se dedicar, o resultado não vem…
Veja aqui 6 maneiras de levar sua natação ao limite.
Mas parece que é justamente por ser difícil que há a valorização. Cada conquista significa um avanço. Cada melhoria no ambiente significa um novo desafio, a inovação necessária no mundo corporativo, para continuar a progredir.
E os limites? Ou realmente não há limites? O minuto nos 100m livre foi quebrado pelo Tarzan, depois os 50s, 49s e já estamos em 46s com o brasileiro Cesar Cielo! Alguém aposta qual seria?
Bom Carnaval a todos!
Para aqueles que tem familiaridade com uma matemática mais avançada.