Três em quatro. 75% dos brasileiros que nadaram pela manhã passaram para as semifinais. Thiago Pereira, Henrique Rodrigues e Leonardo de Deus vão nadar nesta tarde em busca de vagas para a final de amanhã.
Nos 200m medley, Thiago e Henrique entrarão com expectativas diferentes. Um, já medalhista olímpico, nadou para classificar e tem esperança de nova medalha. O outro tem que melhorar sua marca para poder chegar à final, o que seria um ótimo resultado. Thiago vai pegar um Lochte cansado dos 200m costas, que o brasileiro abriu mão para se concentrar na sua melhor prova.
Nos 200m costas, Léo de Deus saiu dizendo que nada melhor à tarde, e ele deve fazer isso, se quiser nadar a final de amanhã. Ideal seria recuperar o recorde sul-americano para o Brasil, numa das poucas provas do masculino que não pertencem ao país. O atual recordista, o colombiano Pinzón, também passou para a semi.
Daynara de Paula nadou mais tranquila que nos 100m borboleta e ficou próxima ao seu melhor tempo, encerrando sua primeira participação olímpica.
Mas a tarde vai ser de Cielo. A estratégia da prova vai contar muito. Não acredito em nenhuma marca surpreendente (se bem que surpresa é o que não faltou até aqui…), e sim disputa estratégica dos oito nadadores de países distintos. Todos gigantes (1.92m é o mais baixo) vão enfrentar o favoritismo do australiano (único de seu país que chegou como primeiro do ranking mundial), a ascensão do francês (3 medalhas em Londres) e a velocidade imbatível de Cielo (bronze 4 anos atrás).
Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero