Tales Cerdeira fez o dever de casa: arriscou, passou bem, fez sua melhor marca, mas isso não foi o suficiente para a final olímpica – por pouco! Tales ficou em nono, mas saiu satisfeito com sua prova.
Na outra semi com brasileiro, Cielo também nadou os 100m livre bem, passando para uma final que promete ser apertada. Claro, se Magnussen ficar perto do seu melhor tempo, não deve ser ameaçado por ninguém, mas o restante está bem aberto, com cubano, americano, francês, brasileiro…
Na primeira final do dia, revanche dos 400m livre, os 200m tiveram novamente a francesa Muffat e a americana Schmitt. Além delas, Franklin, que se poupou e se classificou em oitava. Mas a prova foi toda de Schmitt, desde o início dominou a prova com novo recorde olímpico. Muffat em 2a, e Franklin falha na tentativa de 7 medalhas por 1 centésimo
Mas a prova mais aguardada do dia foi, sem dúvidas, os 200m borboleta. Ele já bateu um recorde só de participar pela 4a. vez da final (a primeira, aos 15 anos, ficando em 5o). Mas estava atrás de mais dois: maior número de medalhas e tri inédito no masculino. Sim, estou falando de Michael Phelps, um nome ainda a reverenciar. Com as duas medalhas de hoje ele bateu o primeiro objetivo. O segundo, do tri…
A meta do tri já deixou 3 das 4 chances para trás. Kitajima e Phelps sofreram revezes históricos. Agora, apenas os 200m peito para Kitajima (improvável) que pode dar o tri, senão todas as fichas vão para Cielo e Lochte, prováveis bi em Londres, treinar mais 4 anos para no Rio de Janeiro quebrarem o único recorde que Phelps não bateu.
Mas, voltando a prova, Chad le Clos, sul-africano, melhorou muito sua marca para poder bater um Phelps que errou nos fundamentos (virada e chegada), justamente aqueles que o tornaram famoso. Se Cavic ficou a 1 centésimo em Pequim de parar Phelps e hoje não é lembrado por quase ninguém, o contrário vai acontecer com le Clos e sua vitória por 5 centésimos. Completou o pódio, o japonês Matsuda, que poderia muito bem vencer a prova, mas agora vai ser tão lembrado quanto Cavic.
Shiwen Ye está sendo uma grande protagonista, não apenas pelos seus resultados espantosos dentro da água, mas pelo burburinho natural que qualquer nadadora chinesa promove com seus recordes. Já teve um bate boca virtual, com declarações de cada lado. Gosto da seguinte conclusão: ela (e outros que também deram resultados fantásticos) estão sendo testados, se não der nada, fazer o que?
Polêmica à parte, a prova foi toda dela, ameaçando o recorde mundial e simplesmente ignorando a recordista mundial Kukors e a campeã olímpica em Pequim, Rice.
Para acabar bem o dia, o revezamento 4×200m livre, que deu a 19a. medalha para Phelps, mais que qualquer atleta no história olímpica, a primeira dourada dele em Londres.
Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero