Não podemos dizer que foi exatamente uma surpresa, afinal ele deu os dois passos necessários para a “desaposentadoria”: avisou o controle de doping há um ano atrás e voltou a treinar (não nadar apenas) regularmente.
Agora é oficial, ele está inscrito em uma competição da Federação americana e, como bem lembrou Daniel Takata no blog Swim Channel, sua intenção e do seu técnico deve ser a preparação para participar do Mundial de 2015, outra parada quase obrigatória para um retorno de sucesso.
Será que ele vai conseguir igualar a Michael Jordan, que dobrou seu número de títulos na NBA na sua volta às quadras, ou vai se contentar com vagas e medalhas quase garantidas dos revezamentos?
Mas, a pergunta que não quer calar é: porque voltou? Para ajudar mais o esporte e, especificamente, a natação? Como consequência, trazer mais atenção e patrocínios, para ele e para os nadadores? Está é a resposta politicamente correta e parece ser a mais coerente. Não que ele precise do dinheiro, mas sua volta deve ter desenfreado um boom de novas propostas comerciais. O exemplo mais americano disso, foi a fracassada tentativa de Mark Spitz (se fosse Mike Spitz, diria que era síndrome de Michael).
Ele quer mais? Mais medalhas, mais recordes? Para uma carreira superlativa como a dele e com a concorrência atual, seria a mais nobre resposta. Pessoalmente temo por uma frustração Schumi neste sentido.
Para atender aos apelos da mãe e conhecer vir para o Rio? Embora talvez esta seja a resposta mais desejada de 10 entre 10 mães de esportistas, é a mais improvável. Afinal, ele já esteve aqui, curtindo como ex-atleta e sua mãe pode muito bem vir a qualquer momento conhecer a cidade maravilhosa (sugiro pós-2016).
Por fim, tivemos no ciclo de 2012 uma avalanche de australianos tirando seus calções do armário, inclusive outro Michael (Klim) e outro ícone do esporte, Ian Thorpe, entre outros nomes. A estratégia não funcionou para eles (ao menos em termos de resultados nas piscinas), mas definitivamente Phelps é incomparável.