As provas (e medalha) de nataçãojá começam a ficar na memória antes mesmo do final destes Jogos Pan Americanos de Guadalajara.Para não finalizar, vamos a mais alguma dúvidas e minhas respostas/hipóteses:
A desclassificação de Leonardo de Deus (ouro nos 200m borboleta) deveria ter acontecido?
Não. Esta foi uma entre as várias falhas da organização. A profissionalização dos campeonatos mundiais mundiais, regulou o (pouco) espaço para os patrocinadores. (entenda-se: os uniformes e as toucas dos nadadores). Por conta disso, as toucas, que são um dos poucos locais aonde a marca pode aparecer durante as provas, teve uma dimensão máxima permitida, tanto para as marcas esportivas quanto para o patrocinador (não do atleta, não do país, mas sim da Federação Internacional). Mas a Organização Desportiva Pan-americana faz seu próprio show e no Pan não podia aparecer nenhum patrocinador. A falha, como expliquei no dia, foi da própria organização e o atleta ser penalizado por isso foi demais. Além do mais, o fair play prevaleceu, e quem chegou na frente, venceu.
A Globo boicotou as transmissões?
Não. Ela simplesmente não tinha os direitos, estes foram adquiridos pela Record. E, apesar de todas as críticas, a Record, que já tinha o Pan também de 2015, levou o de 2019 (parece que a Globo nem entrou na negociação, se é que houve).
O piscina do Centro Aquático Scotiabank era boa?
Sim. Esta foi uma unanimidade. Não vi nenhuma declaração contrária na estrutura que faz a maior diferença no resultado final.
A mudança no Ministério do Esporte vai influenciar os resultados futuros?
Muito provavelmente não. A crise política não é motivo (não era?) de conversa entre os atletas, até porque a preocupação maior deve ser com o treinamento em si. As condições para competir e o acesso à tecnologia de ponta (entre outros) avançaram ao longo dos anos e dos governos.
Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero