Daqui a menos de duas semanas começam as provas de natação no Centro Aquático Scotiabank. Entre brasileiros, americanos, canadenses e outros nadadores espalhados pela América, todos tem um adversário comum: a altitude da cidade de Guadalajara. Como seus mais de 1500m, o ar rarefeito é sim um fator importante a ser considerado.
Thiago Pereira já comentou que, apesar de não haver as (esdrúxulas) semi-finais, com todas as suas provas, o multi-medalhista espera poder ter ar suficiente para se recuperar. Realmente, os que nadam mais (seja acumulado ou direto, como os fundistas), sofrem também mais. Mas inclusive os velocistas têm algum tipo de reação.
A equipe brasileira (com exceção de Felipe Lima e do casal Fabíola Molina e Diogo Yabe, que treinam nos EUA) embarca daqui a pouco para o Centro de Treinamento de La Loma, a 1900m, para um período de aclimatação de 8 dias.
O ideal, dizem os especialistas, é chegar bem antes para uma adaptação correta. Este bem antes já passou (são aproximadamente 3 semanas), portanto alguma perda de rendimento é esperada e será natural. Neste sentido, valem mais as medalhas que o resultado em si. Não aguardo recordes ou índices olímpicos, mas atitude dos atletas em cima da altitude: reclamar de nada vai adiantar.
Nas experiências que tive, até consegui melhorar um tempo, mas isto foi quando ainda abaixava quase 5s por ano…
Boa viagem a todos!
Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero