Atletas são movidos a desafios, metas cada vez mais audaciosas. Quem diria que um dia, com a competição cada vez mais globalizada e sem o domínio absoluto da época de Spitz, alguém bateria o absurdo recorde de ouros olímpicos em uma edição?
Fato é, Michael Phelps mudou a lógica da especialização da natação e, com o sucesso dele, vieram Ryan Lochte, Kosuke Hagino e, para ficar apenas nestes famosos, a dama de ferro Katinka Hosszu. Esta, aliás, colocou toda teoria de recuperação demorada e resultados em poucas competições no ano abaixo.
E ai temos Thiago Pereira. No mesmo patamar mundial nas provas de medley (requisito quase básico para esta grande verstilidade), Mr Pan confirmou a expectativa e tornou-se o maior medalhista da história dos Jogos Pan-americanos. Assim como em 2012 com Phelps, desbancou a ginástica do topo (embora o cubano ainda permaneça com o recorde de ouros). Sem dúvida, um feito e tanto!
Mas o script não saiu como ele queria. Primeiro o drama de ser desclassificado na prova da sua medalha olímpica, os 400m medley. Depois perder os 200m peito e, por fim, o tri dos 200m medley. Não dá para reclamar (muito). Na primeira, concretiza a promessa de renovação nas provas de fundo, com o recorde mundial júnior de Brandonn Almeida. Segundo, o nado peito foi sua primeira grande frustração, lá atrás em Santo Domingo. Hoje, mas maduro, ele absorveu bem melhor. Por fim, como reclamar que perdeu do terceiro melhor tempo do mundo de Henrique Rodrigues, com a quarta marca do ano?
Thiago foi, Dona Rose.
Que venha Rio 2016!!
PS1: Etiene, sou seu fã!
PS2: Parabéns à delegação como um todo!!