Recordes sul-americanos para Thiago Pereira (100m medley), Joanna Maranhão (200m costas), Guilherme Guido (50m costas) e o revezamento 4×50m livre do Flamengo, no Troféu José Finkel, que é realizado em SP, em piscina semi-olímpica (25m). Destes, apenas a prova de Joanna é olímpica. Por enquanto… Surgiu um burburim que talvez incluíssem as provas de 50m estilos nos Jogos Olímpicos (apenas o livre foi inserido no programa em 1988), o que ia ajudar muito os brasileiros, já que estamos regularmente nas primeiras posições no ranking mundial nestas provas.
Em plena ressaca olímpica, além de ajudar seu clube a alcançar nova marca continental, Cesar Cielo não reclamou das várias provas que teve que nadar antes de atingir sua segunda melhor marca sem os trajes nos 50m livre. Pior, numa piscina aberta, em pleno campeonato de inverno, que tem muita marola (que puder acompanhar pela Sportv vai entender o que estou falando) ele chegou a quase 1s à frente dos seus fortes adversários (lembrando que Fratus ficou apenas a 2 centésimos do bronze olímpico). E aqui vai minha primeira pergunta: porque nesta piscina?
O campeonato serve como seletiva para o Mundial em piscina curta, em Istambul, e 8 atletas (apenas uma no feminino, Etiene Medeiros) já alcançaram o índice. Um deles foi Kaio Márcio, que está em dúvidas se vai valer a pena ou não deste campeonato.
O Finkel, assim como o Mundial e Olimpíadas, é disputado com semifinais nas provas de 200m para baixo. Minha segunda pergunta: para que? Afinal, a competição fica mais longa, os atletas tem que se desdobrar em diversas provas e hospedar por todo este tempo em São Paulo não deve estar ficando barato. Sei que a justificativa é justamente que o sistema é semelhante nos maiores campeonatos, mas -minha última – nosso Brasileiro é feito pensando apenas para aqueles que tem chance de chegar lá ou para todos?
Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero