A frase pode soar estranha, mas a verdade é essa: o melhor nem sempre venceu em Londres. Que ninguém tenha dúvida de que Cesar Cielo é o melhor nos 50m livre, ele não foi o mais rápido em Londres, mas manteve no topo do ranking mundial por 4 anos (em 2012, detém 3 das 5 melhores marcas do ano), tem o recorde olímpico e mundial. Ninguém nadou mais rápido que ele. Nunca. Ponto.
Nos Jogos Olímpicos, no entanto, não se olha para a marca, mas sim quem chega em primeiro. Então, de quatro em quatro anos, os atletas todos se reúnem para decidir quem está melhor naquele exato momento. Para se ter uma ideia, recordistas mundiais homens cairam na água 9 vezes nas 13 provas individuais para defenderem suas marcas e… perderam!
Já saiu de alguma entrevista, fez alguma reunião, enviou algum e-mail com aquela sensação de podia ter falado isso, não deveria ter escrito aquilo, etc? Pois é, agora imagine ter que ralar por mais 4 anos para reparar este pequeno deslize? Assim são as Olimpíadas, um pesadelo para alguns, o auge para outros – sem margem para erro.
Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero