Flávia Renata Delaroli Cazziolato, natural de Ipatinga, começou a nadar no clube local, a Usipa. De uma família de nadadores e pais apoiadores, logo a menina Flávia despontou. Com 14 anos, foi prata no Troféu Brasil nos 50m livre, e sua cidade ficou pequena para ela.
Com apenas 15 anos, aventurou-se nos EUA, à convite de Fernando Scherer. Morava na casa do técnico Michael Lohberg, que veio a falecer no início deste ano. Sei deste detalhes porque acabei indo para o mesmo local treinar, quando Michael convenceu Dona Sandra (sua mãe) que seria melhor para ela conviver com outros brasileiros que haviam chegado para treinar lá: eu minha atual esposa Patricia Comini e Jother Machado. De uma hora para outra, “ganhei” uma filha adolescente e a responsabilidade que vem junto no pacote. Não tenho do que reclamar (e espero que ela também não…), foi uma boa experiência para todos nós.
A agora experiente, com 6 medalhas em Jogos Pan-Americanos, vai para sua quarta edição, mas talvez a primeira é que tenha marcado sua vida. Não pela medalha de bronze no revezamento 4×100m livre; mais por conhecer seu futuro marido, o jogador de basquete Caio Cazziolato, cujo sobrenome adotou e aposentou aquele que o mundo aquático já havia acostumado a ver nos quadros de medalhas: Delaroli.
Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero