Estamos a 144 dias do início das Olimpíadas de Londres. Quem tinha que descansar, já o fez. Para aqueles nadadores que anda em busca de centésimos para pegar o índice olímpico, pequenos detalhes podem garantir a desejada vaga olímpica. Parar 4,5 dias pode ser o fim de um sonho. Mas como será que o pessoal se comporta? Acha que o descanso do Carnaval é um direito adquirido e não querem “perder” esta festa? E os técnicos? E a piscina do clube, que fica lotada de sócios querendo pular na água, independente do número de piscinas à disposição (a olímpica – ou semi – é melhor…)?
Pois é, ninguém gosta de passar um feriado longo destes longe dos familiares ou com opções mais atrativas que acordar cedo em pleno sábado de carnaval e encarar dois treinos pesado. Também não são todos que fazem este sacrifício que vão encontrar a glória apenas por isso. Muito pelo contrário, o caminho do sucesso é feito com uma série de fatores, mas dedicação certamente deve ser um dos facilitadores.
Quem não ouviu falar dos treinos carrascos de Bernadinho? Pois isso por muito tempo virou uma vantagem competitiva para o Brasil. Um equipe que chega de uma longa viagem e vai direto para o ginásio treinar, talvez não tenha tanta justificativa técnica, mas mais psicológica. Não é diferente na natação. Treinar, mesmo que não de uma maneira formal ou tão intensa quanto nos outros dias, se bem conduzido, dá a segurança necessária ao atleta na hora H.
Pois é, para alguns nadadores, Carnaval significa pular – pular na água. Bloco, só de partida.
Bom feriado a todos!
Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero