A China, palco das última olimpíadas, e o Japão tiveram seus campeonatos nacionais que, no caso deste último, serve como seletiva olímpica (na China é mais dificil de descobrir os critérios). Muitos tempos fortes, mas também decepções.
No Japão, a maior esperança continua sendo Kosuke Kitajima, que conseguiu a vaga também nos 200m peito e tentará sair com um inédito duplo tri-campeonato. Mas a seletiva acabou de maneira melancólica, com nenhum nadador alcançando a vaga olímpica. Interessante ressaltar que em algumas provas eles seriam selecionados em quase qualquer país do mundo. Nos 100m borboleta, por exemplo, apesar de Takuro Fujii ter a segunda marca do ano, ficou a quase 1s do fortíssimo índice estabelecido pela Federação Japonesa. Mas ele foi convocado para nadar o revezamento e poderá disputar a prova individual, se a federação assim decidir…
Além de Kitajima, Ryosuke Irie (100 e 200m costas), Takeshi Matsuda (200m borboleta e livre), Aya Terakawa (100m costas), Natsumi Hoshi (200m borboleta) e Satomi Suzuki (200m peito) tem chances reais de medalhas. Apesar disso, seu técnico principal, Norimasa Hira, acha que após as olimpíadas eles tem que dar uma dura olhada no espelho para refletir, inclusive ele, após os resultados do último dia.
Já a China também produziu bons resultados, mas o destaque maior veio – pasmem – de um homem. Sun Yang ficou em 8o. nos 1500m livre 4 anos atrás em Pequim, mas o atual recordista mundial da prova ganhou não apenas sua especialidade, mas os 200, 400 e 800m também! Nesta semana escrevo um pouco sobre ele.
Ye Shiwen (200m medley), Xin Xin (800m livre), Sun Ye (200m peito) e as duas dos 200m borboleta (em Pequim as chinesas fizeram dobradinha, mas a recordista mundial e campeã olímpica, Liu Zige, não ficou entre as duas melhores) são minhas primeiras apostas para medalhas.
Com apenas 15 anos, Xin pode ser uma desagradável supresa para os ingleses que apostam no ouro de Rebecca Adlington.
Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero