Balanço olímpico: os pequenos notáveis

Oussama Mellouli (imaginem o problema de ter um nome destes) foi o primeiro. Primeiro na maratona aquática de Londres (10km). Primeiro a ganhar medalhas na piscina (bronze, nos 1500m) e em água abertas na mesma olimpíada. Primeiro africano a ganhar uma prova individual (1500m, em 2008). E, claro, o primeiro a fazer o mesmo, em tudo isso, para a Tunísia.

Mellouli: africano, mas treina nos EUA.

A Tunísia é um dos países que figura na frente do Brasil no quadro de medalhas (na natação, deixemos claro). Isso quer dizer que sua política esportiva para esta modalidade é melhor? O Brasil também ficou atrás da Bielorússia e a Lituânia (daqueles milhares de países da ex-União Soviética). Aliás, estes países ficaram à frente de Itália, Alemanha e Canadá. Será que a crise econômica chegou ao esporte apenas para os países ricos?

Aliaksandra Herasimenia, bielorussa (à esq): duas pratas para a holandesa Kromowidjojo. (AFP)

OK, Itália parece um tanto quebrado mas, mesmo assim, medir o desempenho apenas pelas medalhas é óbvio que traz distorções. Sim, é difícil fazer um sistema de pontuação que atenda a todos os interessados. Poderíamos considerar número de finais e/ou mais medalhas para os esportes coletivos, por exemplo. Mas o sistema, já dizia aquele filme, é ****.

Ruta Meilutyte: lituana, mas treina na Inglaterra.


Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero

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