Neste semana, li que mais um do time de vôlei do Rio acabou abandonando o barco. Nada mais natural, afinal os altos salários estavam condicionados ao sucesso da OGX. O que chamou atenção foi o time que Rodrigão escolheu para ir, o Barij Essence Kashan, no Irã. Curioso, fiz uma rápida pesquisa e descobri que a seleção masculina daquele país está em 12o. no ranking da FIVB. Nada mal, mas será que, mesmo assim, foi o melhor movimento para nosso jogador de vôlei?
Dito isso, sei que a mudança é inevitável. Quanto mais profissional o esporte, mais frequente esta movimentação. Natação não é diferente. Eu mesmo tive 5 clubes na minha carreira, sendo 3 deles ficando ao menos 5 anos. E todo início de ano atletas procuram melhores estruturas para seu treinamento – ou apenas mais dinheiro, e é aqui que mora minha crítica.
A primeira mudança, e mais significativa, foi o retorno de Poliana Okimoto para o Unisanta. Após um ano de muito sucesso no Minas, ele decidiu concentrar aonde vem alcançando seus melhores resultados: maratonas aquáticas. Apesar de ter estabelecido novo recorde brasileiro também nas piscinas em 2013, ela e seu técnico/marido preferem ficar oficialmente mais próximos do mar e também sem o compromisso das competições oficiais como o Maria Lenk.
Já Felipe França, campeão mundial dos 50m peito, mudou de clube, mas não de cidade. Sai do Pinheiros para o Corinthians, que teve uma boa temporada em 2013.
Por último, Cesar Cielo esteve no Minas treinando. O recordista mundial e campeão olímpico busca um lugar para chamar de seu desde que saiu do Flamengo ano passado. Certo é que deve continuar maior parte do tempo nos Estados Unidos, mas é sempre bom ter uma base brasileira e nisso o Minas saiu na frente.
Apenas espero que todas estas novas escolhas não tenham sido motivadas exclusivamente pela parte monetária.