A touca da discórdia

No mundial pode. Aqui, não. Foto: Vipcomm

Inacreditável. A desorganização continua sendo a marca destes Jogos. Eles tiveram a audácia de desclassificar Leonardo de Deus por conta de um patrocínio irregular na touca. Vamos lá. A responsabilidade de ver se o nadador tem algo irregular é da organização, na sala de controle, ou seja, antes de nadar! Parece óbvio, mas passou e eles quiseram punir o brasileiro. Pior, outros atletas nadaram com a mesma touca proibida, afinal o tal do patrocinador é o oficial do último Mundial de Natação da Federação Internacional de Natação – FINA.

Felizmente, depois de protestos até de outros países, os mexicanos perceberam que não fazia sentido a desclassificação e deram o ouro novamente para Léo. Kaio Márcio não conseguiu o bi e a dobradinha perfeita, mas sim o bronze. No meio deles um americano. Detalhe: quem deu a medalha foi a maior autoridade da natação mundial, que não quis nem saber de voltar atrás na desclassificação.

Três ouros na conta de Thiago. Foto: Satiro Sodré

E Thiago Pereira deu um passo importante para uma campanha ainda melhor que a do Rio/2007. Ao vencer os 100m costas (no Rio foi bronze) ele colocou em cheque a posição temporária de Hugo Hoyama como maior medalhista brasileiro. Mesmo admitindo alguns erros durante a prova, gostou do desempenho. Guilherme Guido ficou com o bronze, com outro americano entre eles (alguém se importa com o nome?).

A jovem americana de 15 anos, Gillian Ryan, venceu uma prova bacana de se ver, com alternância nos 400m inteiro. Joanna Maranhão mostrou sua garra e chegou a ameaçar as 3 primeiras, acabando em uma honrosa 4ª. colocação. Nos 100m peito, Tatiane Sakemi acabou em 6a.


Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero

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