Vinte e oito anos depois, lá estava eu, vibrando com mais uma prata nos 400m medley. Mas, enquanto em Los Angeles a medalha parecia quase que uma obrigação para o ex-recordista mundial Ricardo Prado, 2012 viu uma superação difícil de se prever: Thiago batendo Michael (alguém fez muita grana apostando que Phelps não levaria medalha). Ao contrário também de 1984, a tecnologia estava a meu favor, ainda bem, pois tanto as eliminatórias quanto as finais “vi” pelo Twitter! Posso garantir, a emoção é diferente, mas senti falta da boa e velha televisão.
Já os 400m livre viram o chinês quase bater o recorde mundial, enquanto o sul-coreano teve que recorrer para o tapetão para poder garantir sua prata. Nesta hora é inevitável repetir o comentário “se fosse no Rio, mas em Londres?” Erros acontecem… Vida longa para Sun Yang, que abaixou o recorde olímpico de Ian Thorpe.
Sua compatriota fez o que ele não conseguiu, bateu o recorde mundial. Shiwen Ye fechou os últimos 50m mais forte que Ryan Lochte!
Finalizando as disputas, prova disputada no revezamento 4×100m livre feminino, com a melhor para as australianas, mesmo com o forte final da Holanda. O bronze americano deu à Natalie Coughlin (que nadou pela manhã) o título de nadadora mais medalhada da história: 12, com outras duas americanas.
O destaque do dia foram os asiáticos, saindo com 5 das 9 possíveis.
Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero