Foi lançado hoje (justamente hoje, com as festas dos 1000 dias para a Copa??) os uniformes que nossos atletas vão usar no Pan de Guadalajara.
Aproveito este tema para levantar as questões que sempre estão juntas com o uniforme:
1. Cada Confederação tem um patrocinador diferente para seu material esportivo. E não poderia ser diferente, afinal como uma mesma marca vai se especializar em natação e esgrima?
2. Além do quesito beleza (não consegui usar nada depois destas cerimônias. Acho que é esta a intenção mesmo, não?), o conforto e, principalmente no material de competição, desempenho, foram levados em consideração?
Digo isso mesmo sabendo da dificuldade de agradar a gregos e troianos. Para aqueles que não sabem, a roupa do desfile, ilustrada acima, por exemeplo, é feita sob medida. Problema é quando a medida é feita errada (cada um manda a sua. Justo, mas passível de muito erro) e o atleta fica com um uniforme enooorme…
Material de competição sempre vai ser motivo de discussão, afinal é muito particular de cada atleta. Obrigá-lo a usar certa marca que ele não está acostumado, por ser o patrocinador da seleção, pode ser considerado profissional do ponto de vista de quem assinou o contrato, mas do lado do atleta fica difícil de entender.
Nem nos EUA essa questão é pacífica, mas parece que eles encontraram uma solução interessante. Fica assim: uniforme de pódium, este ninguém escapa; material de competição, preferencialmente o do patrocinador da Confederação. O Brasil também já tem uma certa tolerância, depois dos atletas reclamarem, claro.
Para finalizar, apenas um pequeno “causo” do Pan de Mar del Plata, 1995. Nosso uniforme (ao menos da equipe de natação) extraviou (diz a lenda que tinha um monte de gente no porto do Rio usando…) e ficamos apenas com duas camisetas o campeonato inteiro. Ainda bem que abriram mão da gente usar todo dia os uniformes!
Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero