Para fazer este balanço, vamos primeiro aos fatos:
- O Brasil foi um dos 19 países a sair da piscina olímpica de Londres com medalhas;
- Destes, 7 tiveram medalhas apenas com um atleta;
- Haviam 950 atletas de 166 países competindo;
- A natação brasileira fez a 3a. melhor campanha da história (perdeu para Pequim e Atlanta);
- Apenas Thiago Pereira, Bruno Fratus e Felipe Lima melhoraram suas marcas, de uma equipe de 18 (não contei Poliana);
- Foram cinco finais e 5 semi em 2012, contra 6 finais de Pequim.
Dito isso, acreditava em uma campanha melhor. Em todos os sentidos. Mais medalhas, com ao menos uma de ouro (não preciso dizer de quem). Mais semifinais e finais, os tempos credenciavam nossos atletas a isso. Não foi. Não deu. O próprio COB já se preocupa com este que é um dos esportes que mais dá medalhas. Outros esportes/atletas também decepcionaram, enquanto alguns faziam história ao conquistar suas primeiras.
O que fazer? Não há mais tempo? Será que o Brasil não é grande o suficiente para surgir uma Ruta Meilutyte (algum talento aí tem 11 anos e pode ser campeã olímpica no Rio!)? Temos piscinas suficientes? Nossos técnicos estão devidamente capacitados e em todas as regiões? Devemos montar um centro olímpico e fazer uma seleção permanente? Quais seriam os técnicos, neste caso? Estamos nos preocupando e agindo o suficiente sobre o doping?
Eu realmente acredito que no Rio de Janeiro vamos fazer nossa melhor campanha. Dentro do razoável, tudo o que nosso grupo de elite pediu/pedir, foi/será atendido. Assim, temos mais viagens, competições de nível, equipe multi-disciplinar acompanhando, materiais de última geração, etc. Ah, e dinheiro para os atletas. Mais: estaremos competindo em casa!
POr último, um pouco de sorte não faz mal a ninguém (que o diga Phelps), mas não substitui aquela receitinha básica: treino, treino, treino.
Que venha Rio-2016!
Este texto foi originalmente publicado no site do iG (colunistas.ig.com.br/rogerioromero