Os promotores estão apostando nesta época do ano para colocar alguns torneios diferentes. Aqui no Brasil, destaque para o Rei e Rainha do Mar, ainda melhor este ano pela nova dinâmica. Ficou atrativo para televisão e também para o publico, talvez até para os atletas, num raro caso de ganha-ganha quando se envolve uma cobertura ao vivo.
Já na Europa, A Copa Salnikov, homenagem ao grande fundista e hoje presidente da federação local, viu Efimova quase abaixar seu recorde mundial nos 50m peito (apenas 6 centésimos). A húngara de ferro Hosszu estava lá, depois de receber o prêmio de esportista do ano no seu pais, levando mais alguns milhares de dólares para casa.
Glasgow (sede dos próximos Commonwealth Games) testou sua piscina num torneio que a Austrália, cansada de tomar paulada, não participou este ano do Duelo na Piscina. Disputaram então apenas as seleções americana e européia, ambas com alguns desfalques, mas o título acabou vindo apenas na ultima prova, o revezamento misto, onde os americanos precisaram de marcar novo recorde mundial para fechar bem 2013 e manter a hegemonia no Duelo.
São torneios que valem muito mais pela experiência e divulgação do esporte do que necessariamente pelos resultados, se bem que eles acabam vindo também. A terra das próximas olimpíadas perdeu o circuito de Copa do Mundo, que tenta se reinventar para atrair atenção dos melhores atletas e, ao mesmo tempo, registrou um boom das maratonas aquáticas.
As medalhas conquistadas pelos nossos atletas em travessias mundo afora, somado com o fator democrático e apelo da mídia deram o ambiente propicio para o desenvolvimento fora das piscinas. Nelas, não basta apenas grandes atletas nas raias e formato interessante. Como foi demonstrado em Glasgow, sem a transmissão de uma BBC ou ESPN, por exemplo, perde-se muito na ativação.
Pior, como vimos neste domingo, nem uma final histórica do handebol feminino (com grande vitória brasileira!!!!) sensibilizou a televisão aberta a transmitir. Apesar dos últimos resultados apontarem para uma apresentação inédita, talvez ninguém tenha acredito ou sido convencido de que valia a pena investir para permitir ao grande publico acompanhar nossas atletas na Sérvia. Isso no pais olímpico e num esporte idem.
O desafio é grande, mas felizmente temos alguns grupos criativos que podem permitir mudar este cenário nos próximos anos.