publicado em 22/11/2013, aqui
O 1º Seminário de Gestão do Esporte Mineiro, aberto ontem, e que continua hoje, no auditório do BDMG, teve início não na plenária propriamente, mas nos bastidores, com a revelação, pelo subsecretário de Estado de Esportes, o ex-nadador Rogério Romero, de que finalmente a reforma do Mineirinho sairá do papel. Segundo ele, o trabalho terá de ser feito em duas etapas, por isso, o governo do estado vai abrir, inicialmente, licitação para a reforma externa: “Existem goteiras no ginásio e é preciso cuidar primeiro de toda a parte externa, para depois partirmos para a parte interna”.
Depois que essa etapa estiver concluída, será feita uma segunda licitação, para a reforma do interior. Romero não soube precisar, no entanto, as datas de início das obras. Segundo ele, na próxima semana deverá ser publicado o primeiro edital. Somente depois da conclusão desta fase é que haverá a segunda concorrência.
A recuperação do ginásio é considerada fundamental para que ele retome a condição de uma das principais arenas do país, voltando a receber eventos internacionais como jogos do Mundial e da Liga Mundial de Vôlei – as instalações receberam até provas de motociclismo, como a etapa brasileira do Mundial de Supercross de 1998.
No seminário, a atração maior do primeiro dia foi o secretário nacional do Esporte, Ricardo Leyser, que pela primeira vez esteve em Belo Horizonte. Segundo ele, o crescimento do esporte no Brasil está diretamente relacionado com a participação do Ministério dos Esportes que participa com convênios. Ele conta que em 2004 foi detectado o crescimento do esporte paraolímpico, por isso existe hoje um investimento maior nesse setor. “O Brasil passou a ganhar muitas medalhas nos Jogos Paraolímpicos, muito mais que nos esportes olímpicos. É porque existe um investimento feito que permite conquistas. No rastro das medalhas brasileiras vêm outros países.”
Isso se confirma com a criação de um Centro de Treinamento Paraolímpico, em São Paulo. “Fizemos um estudo comparativo com a Ucrânia.; Verificamos que o crescimento deles é simultâneo ao do Brasil e constatamos que a diferença é que lá existe um Centro de Treinamento específico. Então decidimos fazer o nosso.” Ele conta que é cada vez maior a participação de empresas estatais, como Correios, Embratel, Eletrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, BNB, Petrobras e Infraero. “No ciclo olímpico, o governo vai investir um total de R$ 2,5 bilhões. Atende-se hoje a 21 modalidades olímpicas e 15 paraolímpicas.”
Formação Segundo ele, há uma grande preocupação com a formação, e, por isso, o foco do Ministério do Esporte na revelação e detecção de atletas. “As escolas são importantes. Os atletas são revelados e detectados por elas, depois burilados nos clubes.” Hoje, segundo Leyser, existem cerca de 80 convênios firmados com confederações, federações, clubes e associações. “Existem estados que são lacunas, mas estamos trabalhando para ajudar a todos. Compramos tatames de lutas para as federações, firmamos convênios para fins médicos, científicos, trabalho com a base, treinamentos, aquisição de equipamentos e viagens.”
Existem ainda competições apoiadas. “Cito a Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB), como exemplo. São 18 clubes que viajam e se hospedam com patrocínio do ministério. Competições desse tipo só existem porque o ministério participa e vê nelas o interesse no desenvolvimento de atletas e da modalidade no país.”
Convênio
Depois de proferir palestra no Secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, realizou a entrega, durante um almoço, de equipamentos de treinamento para o Minas Tênis Clube, representado por seu presidente, Sérgio Bruno Zech Coelho e também pelo próximo dirigente do clube, Luiz Gustavo Lage, que tomará posse no próximo dia 31. O equipamento foi adquirido por meio de três convênios firmados com o Ministério, no valor de R$ 2,2 milhões. São materiais esportivos e tecnológicos visando à excelência nos Jogos Olímpicos Rio’2016. Com o material adquirido, o Minas pretende ampliar a preparação física, técnica e tática dos atletas. Serão atendidos cerca de 1.300 atletas de seis modalidades: tênis, vôlei (masculino e feminino), judô, natação, basquete e ginástica artística e de trampolim.