E os nossos campeonatos regionais, como vão?

Hoje estive no Minas Tênis Clube por duas ocasiões e unidades distintas.

De manhã, acompanhamos Laurinha numa apresentação (que já está na 17a. edição anual) do curso básico do clube. Como todo Festival, medalha para todos, com direito a sorvetinho. Antes deste final agradável, estresse por ela não querer entrar na piscina de jeito nenhum. Após muito custo, fez um pequeno “solo” (grato a todas as professoras pela imensa paciência). Enfim, tudo foi preparado para ser uma experiência bacana, que a criança goste e sinta bem. Para os pais, aviso do horário aproximado, para não ficar a manhã inteira por conta de poucos minutos de apresentação.

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Notem os olhos vermelhos.

Já à tarde, acompanhamos, por acaso, o campeonato mineiro de natação que estava sendo realizado na piscina olímpica do Minas 1. Poucos rostos conhecidos, mas queríamos que a Beatriz pudesse sentir um pouco do clima de competição, afinal provavelmente ela vai passar por isso.

Minha decepção foi perceber que nada de consistente mudou. Apenas os atletas e poucos familiares nas arquibancadas. Clima morno nas disputas, sem nenhuma informação fora o placar. Ao menos as músicas de ambiente, no meu entendimento, melhoraram.

Não acredito que a nova direção da Federação Aquática Mineira seja a culpada exclusiva desta situação, até porque conheço seu presidente a também o vice, este o ex-nadador olímpico Rodrigo Castro, mas que há margem para novas tentativas, isso há. Os problemas de sempre, grana e voluntariado entre eles, são agravados pelo fato da FAM estar devedora desde a época dos bingos…

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Mauro e Rodrigo, na difícil missão de gerenciar sem grana – e voluntariamente. (Facebook)

Enquanto a FINA divulga números recordes para o ultimo Mundial de Esportes Aquáticos, fruto de um planejamento e novas frentes de trabalho. Ninguém pode reclamar que eles não estão mudando para acompanhar a evolução natural dos esportes.

Também vi parte do VT da Copa do Mundo de Tóquio hoje (a performance de Chad le Clos merece um post sozinho), onde fica claro o cuidado para vender o evento para televisão, valorizando os patrocinadores, mas também com uma competição compacta, rápida.

Ao menos o dia terminou bacana, com a foto abaixo. Através de um pequeno bate papo com o pai de Anne Gabrielle, ambos trabalhando no mineiro, soubemos que a foto foi tirada há 17 anos atrás…

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A pequena Anne tem hoje 22 anos e vai se formar no fim do ano em fisioterapia. (Facebook)

 

4 thoughts on “E os nossos campeonatos regionais, como vão?

  • Raul Magalhães

    Agora que você falou, acabei de me dar conta que já se passaram 17 anos! Cheguei nesse ano também. Bem… Boa sorte e muito bom trabalho ao Maurão e ao Rodrigo.

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    • Rogério Romero

      É Raul, o tempo passa, o tempo voa, e até a Poupança Bamerindus já sumiu…

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  • Leandro Luiz Murchd Santos

    Infelizmente a natação mineira passa por um período complicado, somos obrigados a aceitar tudo o que os clubes impõem para a realização no local, cobranças altas e pouca estrutura, isto causa uma baixa na participação dos atletas e clubes, que não tem condição de arcar com despesas.
    Infelizmente as autoridades viram as costas e em vez de ajudar ficam criticando e tentando desmoralizar nosso campeonato, em vez disto poderíamos dar as mãos em prol do reerguimento da nossa natação, com apoio as categorias de base, pois assim novos atletas aparecerão, vender nosso evento para empresas privadas, elas sim podem patrocinar, podíamos fazer um evento mais chamativo para todos.
    Acredito que estamos no caminho certo, mais sem o apoio de pessoas que sim podem nos ajudar, não conseguiremos nosso objetivo, eu como administrador Regional da FAM, trabalho junto com o Mauro e o Rodrigo para que a natação mineira volte a ter momentos de sucesso, como era no tempo do nosso sub secretário, que sim é uma pessoa que ainda pode muito nos ajudar.
    Obrigado e abraço

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    • Rogério Romero

      Caro Leandro, o desenvolvimento de qualquer esporte passa por um alinhamento dos envolvidos. Quando leio as autoridades viram as costas interpreto: não recebemos dinheiro, pois qualquer outra iniciativa geralmente não tem apelo ou a compreensão do quanto pode contribuir efetivamente.
      Exemplifico. Os Jogos de Minas, que passaram a ter apenas atletas federados, é uma oportunidade para chamar estes mesmos atletas e equipes para os demais campeonatos da Federação. Para isso, deve ter o que oferecer, no mínimo uma competição bem organizada(que foi o caso deste fim de semana, mas não dos JM).
      Mais, os Jogos Escolares alcançam 600 municípios, quase 2 mil escolas. Concordo que as categorias de base devem ser o foco, então esta pode ser mais uma frente de trabalho.
      Porque não isentar as taxas deste público, trabalhando com voluntários nos regionais? A qualidade cai? Claro que cai, mas será que não vale a pena? Mais gente envolvida, barateando os custos. Acha que não tem gente disposta? Como vamos descobrir se não tentamos? Sabia que o basquete argentino de base (daquela nação que foi campeã olímpica em 2004) pode ter como árbitros atletas mais velhos?
      Entendo que o sistema federativo não permite, ou melhor, dificulta em muito um planejamento mais estruturado, mas existem sim pessoas em todos os locais dispostas a auxiliar.
      Abraço.

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